terça-feira, 30 de julho de 2013

Marcas da presença africana no Brasil em exposição


Não somente de chicotes e brasa foram feitas as marcas da presença africana no Brasil durante o período escravista. Havia sobretudo mulheres e homens vindos de um mesmo continente, porém membros de diferentes grupos, identificados por traços corporais que integravam uma cultura rica e influente. Uma boa chance de saber mais sobre esse aspecto pouco documentado nos registros históricos é visitar a exposição Marcas da Alma: uma viagem pela cultura afro-brasileira através das marcas corporais, a partir da próxima sexta-feira (2) até o dia 29 de setembro, no Caixa cultural, situado no Recife Antigo, com entrada gratuita.

A exposição inclui uma mostra de 70 peças arqueológicas do período em que a escravidão imperou no País e conta também com 10 fotografias que exploram a história da presença africana no Brasil através das marcas étnicas, no Rio de Janeiro de 1860. As peças da mostra são fruto de escavações que duraram mais de 20 anos de pesquisas no litoral norte de São Paulo, na cidade de São Sebastião. São cerâmicas, cachimbos, figuras votivas e estátuas reconstruídas e restauradas, cuja relevância levou a Unesco a integrar o conjunto aos Monumentos da Humanidade. As fotografias, por sua vez, pertencem ao acervo Noronha Santos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e trazem registros preciosos das etnias africanas e suas marcas corporais, usadas para identificação dos grupos.

Uma palestra sobre a importância da escavação na reconstituição histórica, com o curador Wagner Bornal, abre a exposição na quinta-feira (1º), às 19h.

Serviço
Marcas da Alma: uma viagem pela cultura afro-brasileira através das marcas corporais
Visitação de 2 de agosto a 29 de setembro
Terça a domingo, de 10h às 19h
Caixa Cultural - Recife
Avenida Alfredo Lisboa, 505, Bairro do Recife
Entrada gratuita
Fone: (81) 3425-1900

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