O Dicas de Leitura dessa
semana trás o romance produzido por uma dos grandes ícones do Hip Hop brasileiro
A Sociedade do
Código de Barra - Preto Ghóez nos brinda com um romance que confirma
que nós somos do tamanho de nossa aspiração.
Sobre o Autor
Muitos passaram a conhecer Preto Ghóez após divulgação do prêmio que leva o nome do rapper maranhense –
morto aos 33 anos de acidente de trânsito em Itajaí, Santa Catarina, dia 10 de
setembro de 2004. Márcio Vicente Góis, o Preto Ghoez, dizia ter iniciado sua
atuação influenciada pelas músicas dos Racionais MC e pela biografia de Malcolm
X (com cujo nome batizou seu filho).
Dentro do hip hop, militou por oito anos, a partir de 1993, no Quilombo
Urbano, de São Luís (MA), uma das organizações mais politizadas e atuantes do
movimento, e fez parte de vários outros grupos, como o Skina e o Milícia
Neopalmarina. Mais recentemente, estava no Clã Nordestino, lançando o CD “A
peste negra do Nordeste”.
Sintonizado com vários aspectos da vida do país, Ghoez estava finalizando
o livro Sociedade de barra e articulando o MHHOB (Movimento Hip Hop Organizado
do Brasil), além de militar no Favelafro, uma organização que surgiu de uma
ruptura – provocada por questões políticas fonográficas – de parte do Quilombo
Urbano e do Clã Nordestino.
Preto Ghóez – Clã Nordestino – Todo Ódio a Burguesia
Uma das últimas iniciativas de Ghoez foi a participação em uma reunião
com Lula e outras expressões do hip hop, no início do ano, que provocou uma
série de críticas de setores contrários ao atrelamento do movimento aos
projetos do governo e abriram uma intensa polêmica sobre o tema.
Polêmicas que, contudo, não fizeram com que fosse esquecida sua
importante atuação guerreira na construção do hip hop e na organização da
juventude negra e favelada na luta tanto contra o racismo quanto contra o
sistema. Preto Ghóez era ativista cultural e social e, depois de ter tido uma
infância difícil e ter passado pela FEBEM, construiu um movimento a partir de
sua música, o Hip-Hop.
Vocalista do grupo Clã Nordetino, uma das organizações nacionais do
setor. Foi idealizador, em parceria com o MinC, do projeto Fome de Livro na
Quebrada e participava de um grupo de trabalho a fim de desenvolver parcerias
entre o governo e o Movimento Hip hop.
Fonte: Rap Nacional
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